Acontece na quinta-feira (03/11), às 14h30 (logo depois do 1º Encontro de Jovens Pesquisadores), a pré-abertura do 9º encontro da SBPJor. O painel, formado por profissionais e estudiosos das mídias digitais, discutirá as resistências possíveis do jornalismo na web 2.0.
Mediada pela professora da UFRJ Cristina Rego Monteiro, a mesa será composta por Claudia Santiago, do Núcleo Piratininga de Comunicação e pelo responsável pela rádio comunitária Santa Marta – uma favela do Rio -, MC Fiell. O jornalista do Overmundo e professor da UFF Viktor Chagas também marcará presença no debate, assim como um representante do Eu-Repórter, do Globo.
Fala-se muito na criação de um novo espaço midiático, depois do advento da Internet. Os antigos jornais caíram: redações fecham, equipes são reduzidas e surge uma nova forma de se fazer jornalismo, o chamado new jornalism. O simples leitor de outras épocas passou também a ser produtor e replicador de conteúdos. As redes sociais explodem – milhões de pessoas desejam agora dar as suas versões dos fatos, fazer as suas vozes serem ouvidas. A palavra do século é interatividade e a perspectiva do milênio, a democracia.
Há, no entanto, que se ter cuidado. É notório, claro, o potencial democratizante da Internet, mas, ao mesmo tempo, a notabilidade da exclusão digital, em escala planetária, é simplesmente inegável. Além disso, é necessário atentar ainda para outra questão: até que ponto, no mundo virtual, não continuamos a ser mediados pelos mesmos grandes conglomerados comunicacionais? Afinal, seguimos à mercê das megaempresas de jornais e televisão, só que dessa vez sob a lógica dos grandes portais de informações e de buscas. Quais são, afinal, as resistências possíveis, na era do jornalismo digital?
O debate será transmitido ao vivo na íntegra pela internet. Acompanhe a transmissão da CPM/ECO em http://tv.ufrj.br/cpmeco/.
Nenhum comentário:
Postar um comentário